Quem vive fazendo aquela boa sessão com as amizades sabe: existe um universo de expressões canábicas que fazem parte da roda 420. Afinal, a sessão é um encontro onde a criatividade brota, as ideias florescem e o riso flui tão naturalmente quanto a fumaça!
Se você já deu um rolê nessa vibe, com certeza já se deparou com algumas expressões características. Então, pega o baseado, relaxa e vem com a gente nessa viagem linguística:
“Passa a bola, Romário”
Quem diria que o Baixinho Romário também teria sua parcela de fama na roda maconheira? Quando alguém pede para “passar a bola, Romário”, significa simplesmente que o amigo não passou o beck, ou como dizem por aí ”casou com o beck”. A expressão brinca com uma característica do jogador, que era considerado ”fominha” e não passava a bola. Então se você ouviu essa expressão, se liga, é a vez do próximo da roda fumar!
“Boca de piscina”
A clássica “boca de piscina” é mais comum do que imaginamos. Afinal, quem não tem aquele conhecido que sempre baba no baseado? Ninguém merece receber o beck todo molhado, é chato e às vezes vira até motivo de discussão. O lado bom é que, quando a brisa bate, já tá todo mundo numa boa de novo.
“Olha o microfone, palestrinha!”
Essa expressão ganhou espaço na roda pra encher o saco daquela pessoa que, quando sua vez na roda, fica tagarelando com o beck na mão! Se bobear, o baseado está quase chegando ao fim e o apresentador tá lá, falando sem parar sem nem perceber e o resto da galera só esperando ele passar o beck. Toda roda tem um, né?
“Tá rocheda!”
Quando a maconha está “rocheda”, significa que a ganja é da boa! Essa é uma expressão cearense reconhecida até mesmo pelo Museu da Língua Portuguesa, e quer dizer “beleza”, “muito bom”, “ótimo”.
“Solta o preso, delegado!”
Mais uma expressão canábica pra zoar quem não passa o beck nunca. Mas, dessa vez, a pessoa não está necessariamente falando sem parar. Provavelmente, só quer dar uns traguinhos a mais mesmo, rs.
“Bora na carioca/paulista?”
Essa é uma expressão que vem junto com uma brincadeira! Você dá um trago, segura a fumaça e passa o beck. A ideia é segurar a fumaça até que todos da roda tenham fumado. Só pode soltar a fumaça quando o beck chegar em você novamente. É mais comum quando a galera está com pressa ou para a brisa ”render” mais quando tem pouco baseado. Dependendo da sua região, o termo “carioca” ou “paulista” pode ser simplesmente sobre segurar a fumaça. De qualquer forma, essa brincadeira não é muito indicada por causar malefícios à saúde. Como estratégia de Redução de Danos, não devemos prender a fumaça.
Essas expressões são só um pedacinho do vasto vocabulário que rola nas rodas esfumaçadas. Independente do termo, o importante é a união, as risadas compartilhadas e, é claro, o respeito à erva que une as pessoas de forma tão única. Fica a dica: aproveite a brisa, mas sempre com responsabilidade!