A cultura da ganja é muito antiga e como esse assunto sempre foi tabu, aos poucos foi sendo criado um dialeto próprio, cheio de gírias e expressões pra falar da nossa verdinha de maneira que só os entendedores entendessem.
Cada cantinho do Brasil tem suas próprias gírias, cada roda de amigos cria seus trocadilhos e brincadeiras. E se existe praticamente uma língua própria dos maconheiros, então nada mais justo que criar um dicionário de maconhês.
Então se liga no nosso Dicionário Canábico:
ANACONDA: Um beck grande e barrigudo. Começa fininho, fica bem recheado no meio e termina fino de novo. Dos mesmos criadores do famoso “pastel”.
BAURETE: É o famoso beck, essa expressão foi popularizada pelo icônico Tim Maia.
BAD TRIP: É quando a brisa não bate legal, literalmente uma viagem ruim.
BERLOTO: Cuidado com o meteoro! Berloto é aquela brasa que cai na roupa, no sofá e até na cama, fazendo buraquinhos que são puro flagrante.
BIA, XIABA OU BAGANA: Jeitinho bem brasileiro de chamar a ponta do beck que sempre salva mais tarde.
BOCA DE PISCINA: Aquela pessoa que chega com tanta água na boca que acaba babando o beck todo.
BOMBEIRO: Aquele que sempre apaga o baseado. Seja palestrinha ou distraído, irrita qualquer um. Também conhecido como boca de geladeira.
BOLADINHO: É o famoso verde, ou para os mais íntimos, chá terapêutico.
BORORÓ: Pense numa tora. Bororó é também conhecido como dedo de gorila, vela, charuto e vários outros.
BRISADEIRO: Uma receita especial de brigadeiro + verdinha que provoca um loop eterno de brisa seguida de larica.
CAMARÃO: Aquele naturalzinho suave, também conhecido como soltinho da Bahia.
CREMA: Apelido carinhoso daquela ganja da melhor qualidade.
DA LATA: É aquela erva da melhor qualidade. Essa gíria pegou depois que latas bem recheadas foram jogadas ao mar para estrangeiros se livrarem do flagrante em 1989 no Rio de Janeiro.
DEDO DE GORILA: Um baseado generoso, também conhecido como “tora”
DEREGUEJHONSON: Jeitinho peculiar de chamar aquele beck, uma mistura de inglês com maconhês.
ESPECIARIAS: Verdinho da melhor qualidade. É aquela crema que a gente adora.
FINÓLIO: Esse aqui só conhece quem curte uma brisa na calma ou tá com pouca erva no kit. Nosso amado fininho.
JACAREZAR: É quando seu baseado queima errado. Pra evitar jacarezar é importante não pilar demais, dichavar bem e não tragar como se fosse o último beck do mundo.
JERERÊ: Essa aqui ficou popular nas festas e carnavais. Jererê é uma forma bem humorada e brasileira para falar de beck disfarçadamente.
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KIEF: É a canábis em um pó bem fininho, normalmente o que fica no fim do dichavador.
LARICA: É aquela fome gostosa que bate depois de fumar um.
LIAMBA: Essa gíria é como nossa querida erva é chamada em Angola.
LOMBROSO: O beck que não bate, derruba. Aquele que te deixa derrubado.
MÃO DE COLA: Aquele que não passa a bola nunca, o famoso delegado da roda. Todo mundo conhece um.
MÃO DE TESOURO: Aquele que não domina a arte de bolar e rasga a seda no processo.
MUTEMA: Sabe aquele amigo que sempre salva a roda quando ninguém tem? É o mutema.
NA PAULA: Aquela roda express, dá só um peguinha e passa para o próximo.
NAS INTERNAS: É quando o Papelito é oferecido discretamente, só para selecionados ou quando o corre tá pouco.
PATUÁ: Se você procurar em dicionário comum, vai ver que patuá é um amuleto. Mas para quem curte um verdinho, quem tem patuá tá esbanjando com um salve dos bons.
PERNA DE GRILO: Aquele fino que salva no fim da cota. Reza a lenda que bate mais que uma tora.
ROMÁRIO: Uma homenagem ao baixinho que nos seus tempos de craque do futebol nunca passava a bola.
SERROTE: Aquele brother que sempre quer fumar um, mas nunca tem salve. Também conhecido como Serrador.
TARUGO: É ele, o incomparável beck de grandes proporções. Não é todo mundo que vive essa experiência.
TCHONGA: É a famosa bomba, vela, cone ou charuto. Quem bota uma tchonga é sempre bem-vindo na roda.
TEMAKI: Aquele beck em formato de cone, beeem recheado.